Gente, eu juro, estou chorando aqui. Hoje estou muito nostálgica, não sei o que está acontecendo comigo. Escrever essa fic, foi uma das coisas mais importantes que aconteceram na minha vida. Eu sou muito grata a todos vocês que me apoiaram e fizeram isso acontecer e continuar cada vez mais. Estou postando hoje o penúltimo capítulo, e agora me dei conta de que está realmente quase chegando ao fim. Falta apenas mais um. Um capítulo. A sensação, tenho certeza, vai ser de perda, de final de uma coisa muito importante.... mas só me dará esperanças de um novo começo. Vai ser uma sensação de missão comprida, saber que eu consegui finalizar meu projeto, e alegrar e emocionar minhas leitoras. Vou me sentir como quando acabou Gossip Girl: triste, nostálgica, mas incrivelmente grata por ter vivido aqueles momentos maravilhosos. Espero que gostem! Provavelmente o final da With Me vai ser postado terça ou quarta. Comentem muuuito, de repente eu consigo postar antes! Aqui está, meus amores:
Acordei com um sorriso bobo no rosto. A noite
passada tinha sido fantástica. Tinha sido inexplicável, tinha sido…
maravilhosa. Maravilhosa era a palavra correta. Estiquei minha mão para abraçar
Blair, mas tudo o que encontrei foi o edredom. Vazio, sem ninguém. Sem ela. Saí
da cama imediatamente, indo ver se ela estava no banheiro: não estava. Desci e
procurei pela casa inteira. O que tinha acontecido? Onde ela estava? Será que
ela se arrependeu? Será que ela estava com NATE? Foi quando vi Dorota entrando
na sala, e não me restou nada a não ser perguntar a ela:
- Bom dia, Dorota. Você sabe onde Blair foi?
– ela franzeu o cenho.
- A Senhorita Blair? Eu pensei
que ela estivesse no quarto dormindo. – Ok, agora eu estou preocupado.
- Que horas você chegou? –
perguntei.
- Ah, eu cheguei aqui cedo,
umas 7 horas da manhã. Mas a Srta. Blair não apareceu aqui embaixo desde que eu
estou aqui.
- Então onde será que ela
está? – estava realmente com medo. Eu e Blair fomos dormir bem tarde, devia ser
umas 3 da manhã. Pra onde será que ela teria ido das 3 até as 7 da manhã? E por
que? Ela disse que me amava e eu acredito nela. É claro que acredito. Mas
então… onde ela estaria? Tentei ligar uma, duas, três, vinte vezes, e nada dela
atender. Dorota viu minha expressão preocupada e tentou me acalmar, embora eu
pudesse ver claramente que ela estava o dobro mais histérica do que eu.
- Vou ligar para a Srta.
Serena! – ela saiu correndo em direção ao telefone.
Disse a Dorota que ia sair
para procurá-la, mas para ela não sair do apartamento, porque Blair poderia
voltar pra lá. Chamei meu motorista e, contrariado, fui em direção a casa do
Nate. Eu queria muito achá-la, mas ela não podia estar lá… Simplesmente não
podia. Toquei a campainha e a mãe do Nate veio me receber, me dando dois
beijinhos.
- Charles! – ela falou,
sorrindo. – Há quanto tempo que não vem nos visitar! O que você está fazendo
aqui? Nate disse que vocês tinham brigado… ele até voltou a morar com a gente!
Você veio vê-lo? – fiz sim com a cabeça e ela tornou a dizer:
- Ele está no quarto. Mas acho que não está
sozinho. – Muitas imagens começaram a passar pela minha cabeça. Blair se
declarando para Nate. Blair beijando Nate. Blair e Nate… não, não quero nem
pensar nisso.
Quase gritei de susto, mas principalmente de alívio, quando entrei no quarto. Não era Blair que estava
agarrada com Nate, e sim, Serena. A PRÓPRIA.
- Você o perdoou depois de tudo? – eu disse, assustando os dois, que
graças a Deus, não estavam totalmente nus… ainda.
- Chuck, o que você está fazendo aqui? – Nate
disse, dando um pulo da cama, surpreso. – Veio brigar ainda mais comigo?
- Por mais que essa seja
uma opção tentadora… - dei um sorrisinho forçado, mas logo fiquei sério de
novo. – Preciso da ajuda de vocês. Blair está desaparecida.
- Desaparecida?? Como
assim? – Nate fez uma expressão preocupada, o que o fez levar um tapa no braço
da Serena.
- Chuck, se você veio aqui
falar dessa traidora, pode sair! – tive vontade de rir, sério.
- Serena, você tem noção do
que está dizendo? Eu sei que vocês estão brigadas, mas ela é sua melhor amiga!
E eu sei que você se preocupa com ela. Olha só a ironia: Você está
agarrada com o maior traidor de todos, foi ELE que começou com essa história. –
Nate ia replicar, mas eu continuei. – Não quero entrar nesse assunto de novo!
Só sei que minha namorada está desaparecida e eu não sei o porquê e nem como!
Eu preciso da ajuda de vocês. Eu… eu estou com medo. – os dois viram minha
expressão de pânico. Eu estava prestes a desabar. Eles foram em minha direção e
me abraçaram.
- O que vamos fazer? –
Serena perguntou. – Você faz alguma ideia de onde ela possa estar?
Foi aí que eu escutei meu celular
tocar, revelando todas as respostas para nossas dúvidas.
Blair Waldorf:
Foi tudo muito rápido. Uma
hora eu estava dormindo ao lado de Chuck e na outra eu estava em uma casa
velha, caindo aos pedaços. Comecei a olhar para os lados, sem entender o que
estava fazendo ali, morrendo de medo. Corri para a porta para tentar sair daquele
lugar, mas estava trancada.
- Nem perca seu tempo. –
escutei aquela voz asquerosa que eu tanto temia.
- Jack. – virei, assustada.
– O que você quer de mim?
- Terminar o que comecei, é
claro. – ele foi chegando perto de mim e me amarrou, com muito custo, em uma
cadeira. Essa seria a hora dos filmes em que o mocinho arrombaria a porta e
correria para os braços da mocinha. Pena que a vida real não é igual aos
filmes. Aqui, o vilão sempre ganha. Meu Deus, Chuck devia estar preocupado
comigo. Eu tinha que avisá-lo. Com certeza Jack tinha me levado para aquele
lugar para me matar…. mas e depois? Ele iria procurar Chuck? Iria machucá-lo?
Não conseguia nem pensar. Foi quando ouvi Jack falando de novo. – Vou ter que
dar uma rápida saída para providenciar umas coisinhas, mas sei que alguém
gostaria de te dar um último adeus. Ela vai cuidar de você. – Chuck! Só podia
ser. Espera… ela? Serena? Foi quando vi a pessoa que eu menos esperava naquele
momento. A pessoa que eu mais odiava em todo o mundo. Jenny.
- Olá, B.! – ela disse,
irônica. Ah, se seriam meus últimos minutos de vida, eu iria humilhar aquela
menina. Mas o que ela estava fazendo ali, afinal?
- Só as minhas amigas me
chamam de B. – revidei, também dando um sorrisinho irônico. Jack saiu e bateu a
porta, nos deixando sozinhas.
- Você deve estar se
perguntando o que eu estou fazendo aqui. Bem… Na verdade o plano foi do Jack.
Ele soube que eu estava à procura de vingança e me chamou para ajudá-lo. Aquilo
tudo da semana passada foi só para despistar vocês, o que você ajudou bastante
transando com o Nate.
- EU NÃO TRANSEI COM O
NATE! – praticamente gritei. Que garota folgada! Ah, mas ela iria ouvir muito.
- Independente do que você
fez ou não, ajudou. Vocês nem estavam se lembrando do Jack, certo? Pois é.
Obrigada, pode me aplaudir, sei que meu trabalho foi exepcional. Agora eu vou
te ver morta na minha frente. – ela falou, segura, mas pude perceber sua voz
falhando. Então era isso. Ela estava com medo. Não queria matar ninguém, mas,
ao mesmo tempo, queria sua vingança. Era questão de orgulho. Por trás da menina
má ainda existia uma boazinha… será? Resolvi jogar no lado contrário. Não iria
humilhá-la. Iria valorizá-la. Seria difícil, afinal, ela era uma Humphrey.
- Jenny… porque você está
fazendo isso? – comecei. – Eu nunca entendi tudo isso que você tem comigo. Eu
sei que eu fui muito má no passado, mas você tem que entender que eu fiz o que
fiz porque… eu amava muito o Chuck. Eu amo. E a raiva que eu tive de vocês dois
naquele momento… eu tive que te expulsar. Ainda mais porque eu era a “Queen”,
se soubessem que você dormiu com o meu namorado e eu não fiz nada… iria sobrar
pra mim.
- Você realmente acha que
eu tenho raiva de você por me expulsar da cidade? – ela falou, indignada. – É
óbvio que não! Tenho raiva porque você sempre é superior. Sempre leva a melhor
em tudo, faz o que quer e quando quer, e não paga por isso. Você humilha os
outros de um jeito horrível. Você me humilhou. E, quando viu que eu podia ser
uma ameaça real, poderia chegar aos seus pés, resolveu acabar com a minha vida.
Bem, você conseguiu! Eu era boa, Blair. Você me fez ser assim. Eu não sou uma
pessoa má. – lágrimas escorriam de seus olhos. Muitas lágrimas. Resolvi me
aproveitar da ideia.
-
Eu
sei que você não é, Jenny. Mas pense bem… não foi apenas eu que fiz você ficar
assim. Acho que, no final das contas, o UES é realmente contagioso. – dei uma
risada de leve e ela riu também. – Mas você tem uma chance de provar que você
não é uma pessoa má. Você pode me ajudar, você pode se tornar melhor do que eu.
Me desculpa… se um dia eu te humilhei ou te fiz sentir mal de alguma forma.
Mas, se você acha que é fácil ser Blair Waldorf, está enganada! É muita
pressão, da minha mãe, da faculdade, da Serena, das pessoas em volta. Eu não
tenho tudo o que eu quero.
- Você tem o Chuck. Não que
eu sinta algo por ele, mas pelo menos você tem alguém que está ao seu lado. Eu
só tenho meu pai e meu irmão. Mas se eles descobrirem que eu fiz tudo isso…
nunca mais vão querer olhar na minha cara. – ela começou a chorar novamente.
- Me ajude, Jenny. – a fiz olhar
para mim. – Me ajude. Prove para seus pais, para seu irmão, para os seus
amigos, para Chuck, para mim, e, principalmente, para você mesma. Seja boa. Eu
sei que você é boa. – ela pareceu hesitar, mas logo se aproximou e me soltou. É
incrível o poder de persuasão que eu tenho nas pessoas. Eu falei tudo isso mais
para ela me soltar, mas realmente fiquei balançada. E se ela realmente… tiver
sofrido com tudo isso?
- Obrigada. – dei um abraço nela e corremos
porta afora. Conseguimos andar pela grande área deserta onde se encontrava a
casa, até chegarmos à uma rua, pegando um táxi. Jenny devolveu a minha bolsa,
que estava com ela esse tempo todo. Resolvi ligar para Chuck e contar tudo o
que tinha acontecido. Ele devia estar muito preocupado uma hora dessas.
Ligação:
- Blair??? Blair, onde você está???? – Chuck
gritou desesperado, no telefone.
- Chuck, CALMA! Eu estou bem.
É uma longa história… Jack me sequestrou, com a ajuda de Jenny, mas ela acabou
me ajudando a sair de lá. Eu tenho um plano. Finalmente vai tudo acabar, Chuck…
pelo menos eu espero. Temos que ligar para a polícia. Jack vai chegar na casa
com muitas armas, pelo que Jenny me disse, e a polícia vai estar cercando a
casa.
- Ok, eu vou ligar agora,
me mande o endereço por mensagem. Mas… você está bem? Ele te machucou? Se ele
tiver encostado um dedo em você eu juro que mato…
- Não precisa matar
ninguém! – eu ri de leve – Ele não me machucou.
- Ok, vou desligar e tentar
falar com a polícia de imediato, mas depois te ligo de volta. – ele disse e eu
percebi Jenny chorando ao meu lado, no banco do táxi.
- Chuck… me faz um favor.
Não fale para ninguém que Jenny ajudou Jack. Nem para a Serena, nem para o
Nate, nem para ninguém. Ela me ajudou a sair de lá. Sou grata a ela. – ela me
olhou surpresa. Provavelmente achava que nada do que eu tinha falado, era realmente
verdade.
- Pode deixar. Agradeça a
ela por mim. Eu te amo. Nunca se esqueça disso, viu? Você não sabe qual foi a
sensação de quase te perder, de não saber onde você estava, Blair. Eu… - ele
chorava desesperadamente. Nunca vi Chuck chorando tanto na vida. Ele raramente
chorava.
- Ei, eu estou aqui agora…
você nunca mais vai me perder, tá bom? Olha, já estou chegando… está tudo bem,
só pare de chorar, ok? Te amo mais que tudo nesse mundo.
- Também te amo. – ele
começava a se acalmar. – Vou ligar para a polícia. Um beijo.
- Obrigada. – Jenny disse,
assim que desliguei o telefone.
- É o mínimo que posso
fazer. – ela sorriu.
- E o mínimo que eu posso
fazer é ficar longe de vocês. – franzi o cenho. – Vou voltar para Hudson. Lá é
um lugar melhor para mim, eu sou mais feliz. O Upper East Side me mudou, Blair.
E eu finalmente achei o meu lugar. E não é aqui.
- Se é isso que você quer…
mas não precisa ir só por minha causa. Está tudo bem, você pode continuar em
Manhattan.
- Não posso, B. E não é por
você, é por mim. Boa sorte com tudo. Sem ressentimentos, ok? – ela sorriu
novamente e saltou do táxi, na estação de trem.
XOXO,