segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fanfic: With Me - Capítulo 4: Give Me Everything Tonight.


Oiiiii gente! Capítulo 4 da fic! Aproveitem bastante! 
Agora que começa realmente a acontecer as coisas... eu preparei muitas surpresas para as melhores leitoras desse mundo! 
Obrigada por tudo, gente! Os comentários de vocês são maravilhosos, realmente mexem comigo! AMO VOCÊS DEMAIS! 

Aqui está:



Eu sentia falta dela. Nossa, como eu sentia. Sentia falta de provoca-la, de seduzi-la. De toca-la. De apenas tê-la ao meu lado. Dos seus beijos, de seus comentários sarcásticos, de sua maneira de criticar tudo e todos. Deus, como eu sentia falta de Blair Waldorf. Os dias sem ela ao meu lado estavam sendo sufocantes. Nem cogitei a hipótese de ficar com outra garota. Eu não queria. Na verdade, eu nem ia beijar Eva, uma semana atrás, antes de Blair nos interromper. Bem, poderia até beijar, mas quando voltasse a mim, pararia imediatamente. Droga, como eu pude ser tão burro? Se eu não tivesse recebido aquela mulher, eu estaria com Blair agora. Resolvi me humilhar um pouco. Eu nem ligava, precisava tentar.


MENSAGEM – De: Chuck. Para: Blair.

Sinto sua falta...

C.

Resposta – De: Blair. Para: Chuck.

Não, você sente falta de sexo...


B.

Resposta – De: Chuck. Para: Blair.

...Com você.

Mensagem – De: Blair. Para: Chuck.

Você me dá nojo, sério.
Estou saindo agora.

Bisous, bisous.

Resposta – De: Chuck. Para: Blair.

Saindo?... Para onde?...

Resposta – De: Blair Para: Chuck.

E isso te interessa?

-B.

Resposta - De: Chuck. Para: Blair.

Sim, interessa...
Com um cara?

Resposta - De: Blair. Para: Chuck.

Sim, na verdade estou namorando...

Mensagem - De: Blair. Para: Chuck.

Chuck? Você está aí?

B.

Resposta – De: Chuck. Para: Blair.

Você está falando sério? Está realmente namorando?

Resposta – De: Blair. Para: Chuck.

É claro que não, Chuck. Vou para a boate com a S.

Resposta - De: Chuck. Para: Blair. 

Ah bom. A mesma de sempre?

Resposta – De: Blair. Para: Chuck.

Sim...

Mensagem – De: Chuck. Para: Blair.

Ótimo. Então nos vemos lá.

C.

Blair Waldorf:

Droga. Eu tinha que ter dito para o Chuck a boate que iria. Era óbvio que ele ia tentar alguma coisa comigo. Mas hoje era sexta feira, e eu e a Serena tínhamos um ritual todas as sextas: Boate e depois “festa” do pijama, para conversarmos sobre tudo e todos. Chuck costumava nos acompanhar em alguns desses dias, porque ciumento e possessivo do jeito que era (é), tinha que verificar se ninguém ia dar em cima de mim. Ah, mas hoje eu não ficaria com ele. Não mesmo. Eu estava magoada ainda. Eu iria perdoá-lo, já tinha decidido. Mas não agora. Demoraria mais um tempo, precisava demorar mais tempo, para ele aprender uma lição. E iria aprender, assim que me visse me divertindo sem ele.

Saltamos da limosine, eu e S. A fila da boate estava cheia demais, mas, como eu e Serena já éramos “vips” no local, o segurança nos deixou passar. Entramos no lugar, que estava extremamente lotado, e foi quando começou a tocar uma música que reconheci de imediato: “Give Me Everything (Tonight)”, do Pitbull. Puxei Serena para a pista e nós começamos a dançar feito loucas. Eu me sentia leve, me sentia... bem.

Took my life from negative to positive. I just want y'all know that. And tonight, let's enjoy life.

Mudei minha vida do negativo pro positivo. E só quero que vocês saibam. E esta noite, vamos aproveitar a vida.

Avistei Chuck me olhando do outro lado da boate. Ele mantinha um sorriso no rosto. Apenas lançei um beijinho no ar para ele e voltei a dançar com Serena. Ele não merecia mais que isso. Não esta noite.

Tonight. I want all of you tonight. Give me everything tonight. For all we know we might not get tomorrow.

Esta noite. Quero tudo de você essa noite. Me dê tudo essa noite. Pois todos sabemos que podemos não estar aqui amanhã.

Senti alguém se aproximando. Estava dançando de olhos fechados, quando uma mão se fechou na minha cintura. Chuck dançava calmamente agarrado a mim, enquanto a música continuava a tocar. Tá, confesso, ele estava um gato sorrindo daquele jeito.

- O que você está fazendo? – perguntei, ainda dançando. – Eu já disse que não te perdoei, Chuck.
- E porque não? O que adianta esperar mais? Me diz você. Eu te amo, não aguento mais isso, Blair. – ele disse, olhando para mim.

Don't care what they say. All the games they play. Nothing is enough. 'Til they handle love.

Não ligue pro que eles falam. Todos os joguinhos que eles fazem. Nada é suficiente. Até eles lidarem com o amor.

- Chuck… eu também te amo. – fiz ele acreditar em minhas palavras. A verdade é que eu não queria ser controlada por ele. Não queria ser uma conquista, um briquedo, um jogo. Eu queria ser mais que isso. – É só que…
- É só o que, Blair? Me responda... – ele disse, se aproximando perigosamente, com um sorriso no rosto. É, isso estava ficando cada vez mais difícil. Ele jogou meus cabelos para um lado e, no oposto, começou a beijar o meu pescoço. Quase desisti do meu objetivo, mas…
- Chuck, eu preciso de tempo, já disse. – falei, desviando. Ele bufou e passou as mãos pelo próprio cabelo, desapontado e com raiva. Aquilo me deu nos nervos.
- Por que eu sinto que você está com raiva de mim, Chuck? – falei, completamente alterada. – Eu que devia estar com raiva de você agora!
- Ah é? Você não faz a mínima ideia do que está me fazendo passar, Blair! – ele disse, triste, mas ainda com raiva. – Eu não sou o único culpado de tudo! – Aquilo me enfureceu.
- Quer saber, Chuck? Você é sim! Eu te odeio! – falei, sem pensar nas consequências.
- Cuidado, Blair… - ele disse, sorrindo maliciosamente - … você lembra o que aconteceu da última vez que você disse que me odiava?
Nós dois rimos feito crianças. Eu me lembrava muito bem. Como se fosse ontem. Olhei para ele intensamente. Ele retribuiu o olhar.

Reach for the stars. And if you don't grab 'em, At least you'll fall on top of the world. Think about it.

Alcançar as estrelas. E se você não pegá-las. Pelo menos você vai cair no topo do mundo. Pensa nisso.

Então eu o beijei. Depois de todo aquele tempo, pude imaginar todos os tipos de beijo, menos aquele. Foi indescritível. Era como se tudo tivesse congelado. Todos em volta, eu não via nada. Era apenas eu e ele ali. Foi um beijo calmo, com amor, com paixão. Ah, como eu havia sentido falta dele. Passei meus dedos por sua nuca o fazendo arrepiar.

           - Então... – ele disse, mordendo meu lábio inferior - ... Acha que pode me perdoar? – eu ri da sua cara de súplica e o beijei intensamente de novo.
        - Isso responde a sua pergunta? – disse desafiadoramente. Ele não       respondeu, apenas começou a cantar a música que ainda tocava, em meu ouvido: Perform for a princess. But tonight, I can make you my queen (Te deixo igual uma princesa. Mais esta noite, faço de você minha rainha).

Ri abobalhada e respondi, cantando em seu ouvido: Put it on my life, baby, I make you feel right, baby. Can't promise tomorrow. But, I promise tonight (Se coloque na minha vida, amor. Vou te fazer sentir melhor, amor. Não posso prometer amanhã. Mas, prometo essa noite).


- Peraí… essa noite? – ele falou, confuso. – Eu quero você pra sempre.
- Pra sempre? – disse, arqueando as sombrancelhas, mas sorrindo.
- E você ainda tem dúvidas? – ele sorriu e de repente nada mais importava.
- Eu te amo. – sussurrei.
- Eu te amo mais. – respondeu.
- Impossível. – e o beijei.

I want you tonight, I want you to stay. I want you tonight.
Eu quero você esta noite, Quero que você fique aqui. Quero você esta noite.

Comentem, por favor!!!

Beijos,
Mari Bass.

domingo, 21 de julho de 2013

Fanfic: With Me - Capítulo 3: Bisous, Bisous!


Gente! O terceiro capítulo está aqui... espero que gostem! Estou amando escrever essa fic! Ver ela crescendo cada vez mais, não tem preço! Muito obrigada a todos que comentaram, juro que dou um pulo de felicidade cada vez que leio! Fico muito feliz em saber que já tenho leitoras fixas, e que me apoiam cada vez mais! Obrigada a cada um de vocês! Depois de lerem o cap., leiam minhas NOTAS FINAIS, ok? Aqui está gente:



“ But it's the true warrior who knows that wars don't end. They simply change. And there can never be peace as long as guns are still loaded and there's plenty of ammunition.”

(Gossip Girl)


Eu e Chuck estávamos bem. Na verdade, mais do que bem. E isso era muito raro para nós, pode acreditar! Já tinham se passado duas semanas depois de todo o incidente com o Jack... e eu já tinha esquecido de tudo isso. Ou pelo menos, quase. Decidimos não ir atrás dele, porque ele poderia nos machucar ainda mais... e eu definitivamente não queria passar por aquilo de novo. Se eu consegui perdoar o Chuck, depois de tudo que ele me fez? Sim, eu consegui. Nós estávamos namorando de novo e, contanto que ele não me magoasse novamente, eu estava extremamente feliz. Descobri há um tempo que o meu sentimento por ele, não é uma coisa da qual posso lutar. É uma coisa frenética, incontrolável. Devia ser proibida por lei. Ao seu lado, não tenho controle das minhas ações. Não posso mudar, não posso esconder. Mas, quando meu coração está magoado, eu consigo me afastar por um tempo. E eu realmente espero que nunca mais tenha que fazer isso.

Andava tranquilamente na rua, o vento batendo em meu rosto, sorrindo como nunca antes. Ia calmamente em direção ao Empire, hotel de Chuck. Tinha ligado para ele de manhã, mas ele não tinha atendido. Achei estranho, já que se não passávamos a noite juntos, ele me ligava logo de manhã, para tomarmos café. Provavelmente ele estava dormindo, então resolvi fazer uma surpresa. Eu estava nas permissões permanentes – é óbvio -, então o porteiro logo me deixou subir.


- Surpresa! – disse, quando o elevador se abriu e revelou a magnifíca cobertura do meu namorado. Saí do elevador e comecei a andar, mas parei, estática, ao ver Chuck e Eva no sofá. ISSO MESMO. EVA. Aquela loira oxigenada francesa, a prostituta boazinha, que Chuck namorou em Paris. O QUE ELA ESTAVA FAZENDO ALI? Com o MEU namorado??? E ainda mais, COM ESSA PROXIMIDADE A ELE NO SOFÁ?????????????? Ela passava as mãos pelo seu terno, enquanto ele a olhava profundamente. É, eles iam se beijar.
- O que está acontecendo aqui??? – perguntei, de uma vez só, quando os dois me olharam, surpresos.
- Blair... – Chuck começou, já se levantando - ... eu posso explicar.
- Eu não quero ouvir, Chuck! – falei, eufórica, me direcionando para o elevador, que se fechou assim que eu entrei.

Quando cheguei a portaria, não sabia para onde ir, por isso virei à direita e comecei a andar pela rua. Estava magoada. Muito. Meus olhos começaram a marejar, e eu lutei para não transbordarem. É claro que ele iria me magoar! Como eu fui burra em achar que ele tinha mudado! Comecei a andar mais rápido, agora já sabendo meu destino: casa da Serena. Precisava da minha melhor amiga agora. Queria ter sido mais rápida, porque logo senti uma mão segurar minha cintura e me virar.

- Chuck... vá embora! O que você está fazendo aqui? – eu disse, agora chorando abertamente.
- Blair, pare de chorar, por favor... – ele disse, tentando em vão secar minhas lágrimas. – Olha, isso não foi nada, acredite em mim. Eu nem sabia que Eva ia me visitar. Achava que ela estava em Paris, ou sei lá mais aonde. Parece que ela está abrindo uma empresa e resolveu aparecer no hotel, para me pedir opiniões sobre negócios... mas foi só isso.
- Ah, e você acha que eu vou acreditar nessa desculpinha? Acho que eu já passamos da fase em que eu era a ingênua por aqui! – disse, incrédula – Até parece que aquela mulher boazinha do interior, sem nenhuma maldade na cabeça, criou uma empresa de uma hora para a outra! Me poupe, Chuck. – me virei para continuar andando, mas ele me impediu.
- Ela, quando estava comigo, conheceu esse mundo de negócios. Eu a apresentei para pessoas influentes, que ela contatou depois do nosso término. Parece que a família não andava muito bem, e ela tinha que ajudar de alguma forma, então abriu uma pequena empresa de cosméticos. – ele terminou.
- E o que explica a situação que eu encontrei vocês dois? Ahn? VOCÊS IAM SE BEIJAR, CHUCK! – ele olhou para baixo, e resolvi falar tudo de uma vez – Logo agora que eu achei que nós estávamos realmente bem. Que nós íamos nos acertar de uma vez por todas. Mas eu já entendi, Chuck. Eu posso te amar com todas as minhas forças, mas você sempre vai lutar contra isso. Sempre vai arrumar um jeito de me magoar, conscientemente ou  não. Isso não é amor, Chuck. Me desculpe, mas acabou.
- BLAIR! Por favor, não faça isso comigo! – percebi uma lágrima escorrendo em seu rosto, a qual ele logo secou. – Aquilo foi um surto momentâneo, quando eu percebesse onde estava me metendo, eu ia parar, é óbvio.
- Ah, e desde quando você diz não a uma mulher? – falei, revirando os olhos.
- Desde que ela não é você. – em uma outra ocasião eu teria sorrido, mas não agora. Ah, não agora. – Blair, você TEM que acreditar em mim. Eva não foi nada. Eu a usei apenas para esquecer você. Para TENTAR esquecer você. Tudo que eu dizia sentir por ela... eu só estava tentando dizer isso a mim mesmo. Em Paris, quando eu estava com ela, eu sentia que podia ter um recomeço. Mas eu não queria um recomeço. Eu queria você. Mas você não iria me perdoar, e se eu voltasse, acabaria te magoando ainda mais. Então tentei me enganar o verão inteiro, tentando amá-la, mas não consegui. Porque você é a única para mim, Blair. Porque eu te amo. Você sabe, eu não sou bom com isso, normalmente não costumo falar esse tipo de coisa, mais eu preciso de você na minha vida. Por mais que não demonstre as vezes, você é a pessoa que mais me incentiva, mais me quer bem. E você me faz bem, Blair. Você é a única coisa que faz meu mundo feliz. Você não pode me deixar, Blair... é tão... doloroso para mim... – ele não conseguiu continuar e eu o beijei. Não acredito que fiz isso. DROGA, Blair Waldorf. Depois de tudo o que esse canalha fez! Mas eu não conseguia evitar. Ele nunca tinha me dito aquilo. Nunca mesmo. E ele estava ali, o grande Chuck Bass, a pessoa mais superficial e vingativa que existe no mundo, dizendo essas palavras lindas para mim. Eu não pude negar. Mas, se toda vez que ele me magoar eu continuar fazendo isso, onde isso tudo vai parar? Ele vai achar que eu sou uma louca, desesperada, que ele pode fazer o que quiser comigo, mas que eu sempre vou voltar para os seus braços. Mas ele estaria muito enganado. O empurrei de leve e me afastei.
- Ahn... – ele protestou, com o seu sorriso malicioso e maravilhoso de sempre. É, o verdadeiro Chuck Bass tinha voltado. – Por que? Estava tão bom... – ele falou, me envolvendo com os braços novamente.
- Chuck... – comecei e ele me olhou, ainda próximo a mim - ...eu entendo o que você disse. Mas eu não consigo te perdoar fácil assim. Você precisa me dar um tempo para eu pensar em tudo isso. – eu falei, o encarando.
- Eu vou te dar o tempo que você precisar é só que... eu não consigo ficar sem você por muito tempo. – ele disse, triste. Tive vontade de agarrá-lo ali mesmo e jogar aquela tristeza para longe, mas precisava ser madura. Precisava lidar com a situação.
- É bom para você aprender. E fique longe da Eva. E de qualquer mulher. Se eu descobrir, Chuck... – eu não consegui terminar.
- Eu nunca faria isso com você. Você sabe que não.
- Bem, de Chuck Bass, nunca se sabe o que esperar... – eu disse, dando um selinho só pra provocá-lo e saí, indo para casa.

NOTAS FINAIS: Não fiquem com raiva de mim ainda, hahaha! Foi muito difícil escrever esse capítulo, eu comecei a achar que estava ruim há alguns dias atrás, só que eu já tinha escrito os outros... bem, eu espero que tenha ficado bom! Eu, particularmente, não tenho esse como um dos meus favoritos, mas ele dá um rumo interessante para a fanfic... na minha opinião, ela começa a ficar boa agora... Esperem só para ver! Comentem, por favor!

XOXO,
Mari Bass.





domingo, 14 de julho de 2013

Fanfic: With Me - Capítulo 2: Uncle.



Oi gente! Aqui está o segundo capítulo da fic!
Adoreeeeei os comentários do primeiro, realmente fiquei muito feliz que vocês tenham gostado! Confesso que estava preocupada com isso, haha, mas foi muito bom ver o pessoal comentando e dizendo que adoraram! Fiquei extremamente honrada, saí pulando pela casa. Obrigada também ao pessoal que falou comigo pelo Twitter e pelo Facebook, vocês são demais! s2
Comentem bastaaante, viu? O que vocês gostaram, o que tem que melhorar... quanto mais vocês comentam, mas motivação vou ter para postar mais! Amo vocês, viu? MUITO OBRIGADA POR TUDO! Agora vamos parar de enrolação! Aqui está o segundo cap.: 



Serena: Chuck, why did you just do that?
Chuck: Because i love her...

- Serena Van Der Woodsen and Chuck Bass.


- O que foi isso? – eu falei para o Chuck, que ainda me beijava.
- Ahn, não foi nada... vem cá. – ele falou, me puxando.
- Não, é sério. – eu disse, me levantando – Foi algo como... um tiro.
Um outro barulho estrondoso foi ouvido, e agora eu tinha certeza que era um tiro.
- Você ouviu isso? – ele falou, se levantando também. Fiz com que sim com a cabeça. – Eu preciso ir lá ver o que está acontecendo.
- O que? – eu falei, perplexa. Só de imaginar Chuck sendo baleado (de novo), meu estômago se revirou. – Não, você vai ficar aqui.
- Blair, eu preciso ir. – ele disse, acariciando meu braço. – É o meu hotel, afinal. Só me prometa que não vai sair desse quarto até eu vir te buscar. – ele falou e eu fiz uma cara estranha. – Prometa, Blair.
- Ok, eu prometo. – falei, trêmula. Ele vestiu seu paletó e me beijou, saindo porta afora.

Já tinham se passado 20 minutos depois que o Chuck me deixou sozinha naquele quarto de hotel. Eu estava agoniada. Eu não tinha notícias dele. Não sabia o que estava acontecendo, se os bandidos, ou sei lá o que fossem, já tinham ido embora. Provavelmente não, se não ele me avisaria. E se eles tivessem... não, isso não. Não podiam ter matado Chuck. Simplesmente não podiam. E a S.? Será que eles foram para a festa? Eram tantas perguntas que eu fiquei enjoada. Comecei a chorar instantaneamente. Ficar naquele quarto só iria me fazer mais mal. Peguei coragem e saí da cama. Precisava saber se ele estava bem.

Andei lentamente pelo corredor e, depois de perceber que estava vazio, peguei o elevador. Subi para o terraço, onde a festa já tinha acabado. Olhei para o relógio: Meia Noite. Achei estranho, porque, conhecendo a Serena, sua festa só acabaria de madrugada. Quando entrei no salão, pude ver o estrago. Cadeiras reviradas, mesas quebradas, a decoração completamente estragada. Mas isso não foi o que me impressionou, e sim o que eu vi acontecendo no outro canto do salão. Uns 5 homens de capuz segurando Chuck contra a parede. E Jack, apontando uma arma para ele. Jack era o seu maligno tio, um dos responsáveis pelo nosso término. Tentei parar para pensar o que iria fazer, ligar para a polícia, me jogar em cima do Chuck ou tentar pegar a arma do Jack, quando ele me viu. Não o Jack, o Chuck. Ele mexeu os lábios para mim, formando a frase “saia daqui”. Não iria sair. Não iria deixar Chuck morrer. Fui me aproximando lentamente, até Jack me ver.

- Olá, linda. – ele falou e eu percebi que nunca tinha sentido tanto nojo na minha vida – O que está fazendo aqui? Veio salvar o seu amado? Nossa, eu esperava mais de você, ainda por cima depois de ele te trocar por um hotel.
- O que você quer, Jack? – eu disse cerrando os dentes e ele riu.
- Quero o que sempre quis. Quero estragar com a vida do meu sobrinho. Quero Chuck morto. – ele falou, apertando o gatilho.
- NÃO FAÇA ISSO! – eu gritei, aos prantos e os dois me olharam assustados.
- Blair... – Chuck começou, mas Jack interrompeu.
- Pensando melhor, você tem razão. – Jack falou, sombrio, abaixando a arma. – Não quero vê-lo morto. Quero vê-lo sofrendo... – ele rodava sua arma em suas mãos e nos olhava com um sorriso maligno. - ...E o que melhor do que matar o amor da sua vida? – quando percebi o que ele queria dizer com aquilo, era tarde demais.
- JACK, NÃO FAÇA ISSO! ME MATE, MAS NÃO TOQUE NELA! – Chuck disse, gritando e tentando sair dos braços dos homens, enquanto Jack apontava a arma para mim. Tudo aconteceu muito rápido depois disso. Não tive tempo de gritar, de fugir. Apenas senti a bala entrando em meu corpo, sangrando meus braços e as lágrimas escorrendo em meus olhos. Depois disso, apaguei.

Chuck Bass:

- BLAIR! – gritei, me sentindo horrível e impotente. Não tinha nada que eu pudesse fazer, eu estava ali, preso. Eu tinha que ter a trancado  naquele quarto! É claro que ela iria sair, eu tinha que ter imaginado! Blair era a mulher mais teimosa que eu conhecia. COMO EU FUI BURRO! Lágrimas desciam dos meus olhos e eu não conseguia segurar. Eu estava chorando? Eu, Chuck Bass, estava chorando? Por uma mulher? Não, isso não era possível.
- Vamos, ele já sofreu o bastante por hoje. – Jack disse, sorrindo, enquanto os homens me soltavam. – É sempre um prazer, sobrinho.
- Eu vou acabar com a sua vida! – gritei.
- Adoraria ver sua tentativa falida. – Jack disse e foi embora.
Blair estava deitada no chão. O tiro tinha pegado em seu ombro, o que é bom, pois não atingiu o coração, mas ela estava desmaiada e sangrando muito. Me agachei ao seu lado e a peguei no colo. Fui assim até a minha limosine e pedi para o motorista dirigir rápido para o hospital mais próximo. Acho que nunca fiquei tão preocupado ou agoniado em toda a minha vida. E não sei porque eu estava assim. Afinal, Blair não era minha namorada. Mas porque eu sentia como se fosse?

- Por favor, fique viva. – sussurrei, enquanto ela estava desmaiada em meu colo.

A carreguei até a porta do hospital e conseguimos entrar. Fui até o balcão, onde uma mulher baixa e de cabelos grisalhos estava calmamente olhando para o nada, escrevendo algo em uma folha de papel.

- Preciso de um médico. Ela levou um tiro. É uma emergência. – falei, de uma vez só.
- Desculpe senhor, mas vai ter que esperar. Parece que hoje muita gente resolveu sofrer acidentes. – ela falou irônica, com uma voz muito irritante. Quem essa mulher achava que era? Não acredito que o hospital mais próximo do hotel é um hospital de classe média! Já estou assim pela Blair, daqui a pouco vou explodir nesse hospital!
- Olha... eu sou Chuck Bass. – falei, com a voz mais confiante possível. Peguei todo o dinheiro que eu tinha no bolso (e era MUITA, MUITA coisa) e estendi no balcão – Se você puder atendê-la agora, eu ficaria muito agradecido... e só dizendo que posso conseguir muito mais do que isso. – apontei para o dinheiro.
- Hmmm... – ela aparentou pensar um pouco - ...parece que eu posso conseguir um médico disponível. – ela pegou o dinheiro e ligou para alguém trazer uma maca.

Não pude entrar na sala de cirurgia nem no quarto, por isso fiquei sentado esperando. Esse tempo foi realmente agoniante. Não gosto de hospitais. Tenho um certo trauma, desde que meu pai morreu. Mas como esperava que eu fosse ficar? A mulher que eu amo acabou de levar um tiro, dado pelo meu tio maligno, no meio da festa da minha meia-irmã... pera, a mulher que eu amo? Eu devo estar ficando maluco. Eu não amo a Blair. Eu não... é, eu amo. Que merda. Liguei para Serena e para Eleanor, que disse estar vindo de Paris o mais rápido possível. Serena tinha saído da festa, junto com todo mundo, quando viu que Jack e os outros homens estavam armados. Prometi ficar, se eles deixassem todos irem embora sem se machucarem. S. chegou no hospital 15 minutos depois que eu liguei.

- Como você está? – ela disse, sentando ao meu lado.
- Mal. – não estava a fim de conversar.
- É, eu também. – ela pareceu pensar um pouco e depois soltou uma leve gargalhada.
- Como você consegue ficar aí rindo enquanto sua melhor amiga está internada em um hospital? – eu disse, a reprovando.
- Eu estou rindo de você. – franzi o cenho. – De vocês, na verdade.
- Desculpe, eu não entendi. – falei, confuso.
- Hoje mais cedo eu falei para a Blair se afastar de você. – tive vontade de matar Serena e ela pareceu perceber, por isso logo continuou – Porque eu sabia que isso iria acontecer.
- Isso o que? – eu ficava cada vez mais confuso.
- Haha! Olha pra você Chuck. Olhe seu estado. Você está deprimido. Você a ama. – ela falou, como se fosse a coisa mais certa do mundo.
- Eu não amo a... – pensei por um momento - De qualquer forma, o que isso tem a ver? Você não quer a felicidade da sua amiga?... Ou será que você sabe que ela não me ama? Meu Deus, ela não me ama, né Serena? – perguntei, desesperado.
- HAHAHAHA! – essa risada estava começando a me irritar – É claro que não, Chuck. Ela não me disse nada. Mas, conhecendo a B. do jeito que eu conheço, quando ela tenta fugir de alguma coisa, é porque ela quer fugir dos seus sentimentos. Ela te ama Chuck, é óbvio. E rebatendo a sua acusação de “eu não querer a felicidade da minha amiga”, é muito pelo contrário... vocês vão perceber que estão loucamente apaixonados um pelo outro e, quando ela estiver o mais envolvida possível, você vai magoá-la. E é disso que eu tenho medo.
- Eu sempre estrago as coisas com ela, não é? – Serena fez com que sim com a cabeça. – Mas ela sabe como me sinto... eu nunca quis magoá-la de verdade. É só que as vezes eu não penso antes de fazer as coisas. Mas ela continua sendo a pessoa mais importante do mundo para mim. E ela sabe disso.
- Sabe mesmo? – Serena perguntou – Porque você não deu nenhuma prova sobre isso.
- Mas e se ela... você sabe, e se ela não corresponder? – falei, envergonhado. Serena riu de novo. Meu Deus, eu vou estrangular essa garota.
- Você está com medo? Nossa, o grande Chuck Bass com medo de não ser correspondido? Isso sim é uma novidade! Cadê a confiança que você tem Chuck? “Eu sou Chuck Bass para lá, eu sou Chuck Bass pra cá”... – ela imitou o meu jeito de falar.
- Eu não sou Chuck Bass sem ela... – disse, pensando alto.
- Então mostre isso pra ela! – Serena praticamente gritou. – Vocês são Chuck e Blair, Blair e Chuck. Como ela pode não corresponder? Ainda mais depois de tudo que vocês estão... bem, fazendo.
Dessa vez eu ri junto com ela, até ver um médico se aproximar.
- Senhor Bass? – eu afirmei com a cabeça – A senhorita Waldorf já está acordada. Está tudo bem com ela. – bufei, aliviado. Nunca fiquei tão feliz na minha vida. Tenho que me lembrar de dar muito dinheiro a esse médico depois.
- Ahn, então eu vou lá ver ela... – Serena começou mas eu interrompi.
- Eu vou primeiro! – falei, já correndo para seguir o médico.

Blair Waldorf:

Acordei, esperando que tudo não tivesse passado de um sonho. Ou melhor, um pesadelo. Abri meus olhos lentamente e olhei em volta... paredes, móveis, tudo branco. É, eu definitivamente não estava em casa. Estava me sentindo fraca, desanimada. Vi a porta se abrindo e de repente meu coração palpitou. Ah, que droga, como eu ainda sentia isso? Chuck entrou pela porta, - seguido de um médico - com uma expressão preocupada, mas sorriu logo que me viu.

- Vou deixar vocês a sós. – o médico disse, fechando a porta. Foi o tempo de Chuck correr pra mim e me dar um beijo necessitado.
- Você está bem? – ele falou, parecendo cansado. – Você não sabe o quanto eu fiquei preocupado com você.
- Estou melhor, obrigado. – sorri e continuei - Me desculpa...  eu sei que a culpa é minha, eu não devia ter saído do quarto, mas você teria morrido e eu... – ele me interrompeu.
- Ei! Não precisa se desculpar... a culpa não é sua. Eu que fui idiota demais por não ter te trancado ali dentro. – Chuck disse irônico, e nós dois rimos.
- Então... Você não está preocupado com o que Jack pode fazer com você? – perguntei, preocupada.
- Eu estou preocupada com o que ele pode fazer com você. Não sabia que Jack chegaria a esse ponto... mas eu vou te proteger. Não importa o quanto ele tente, ele não vai conseguir te atingir. – ele falou, beijando meu rosto.
- Você falando assim, parece até que... – não terminei a frase. Não tinha coragem.
- ... Que? – ele perguntou, sorrindo.
- Esquece. – eu falei, indiferente.
- Parece que..... que eu te amo? – olhei para ele, surpresa. – Porque eu te amo, Blair. Tentei fingir que você era apenas um caso como as outras, mas a verdade é que nunca consegui te superar. Você é pra sempre a única para mim. Eu te amo. – por um momento não conseguia acreditar. Ele me amava. Sorri abertamente e falei o que já tinha que ter dito há muito tempo: 
- Eu também te amo. – falei, finalmente, enquanto ele sorria e ia em direção a mim. Não sei por quanto tempo ficamos ali, grudados, nos beijando loucamente, quando consegui sussurrar no seu ouvido:
- Chuck, nós estamos em um hospital... – e nós dois rimos.
- Olha, Serena quase me matou por eu ter vindo primeiro, então vou deixar ela vir te ver. O médico deve te dar alta no final do dia. – ele falou, se afastando.
- Que bom! Não iria aguentar mais um dia com essas “roupas” de hospital. – ele riu.
- Bem, daqui a pouco eu volto então. – me deu um leve beijo e saiu.

XOXO,
Mari Bass.